A oportunidade que estamos tendo de mostrar a nossa filha um mundo que ela não conheceria se nós não tivessemos saido da zona de conforto e tido coragem de vim para cá, não tem preço. Não falo isso por estar em um pais de primeiro mundo, mas pelas coisas simples da vida que as nossas crianças de cidades como a nossa no Brasil não tem mais hoje em dia, principalmente devido a violência que assola o nosso país. São essas pequenas coisas que me fascinam nesse lugar. Por exemplo, sempre levo Júlia caminhando para a escola e no caminho que nós fazemos todas as manhãs somos presenteadas com aquele cheirinho de grama molhada com ar de natureza. Encontramos varios tipos de arvores e frutos diversos, flores das mais diversas cores, balanço de pneu (No brasil isso é coisa de pobre J, aqui muitas casas tem esse tipo de brinquedo, como outros.). Praticamente nenhuma casa tem muro e as crianças brincam livremente sem o controle dos pais. Pessoas que nem conhecemos passam por nós e não só cumprimentam como compartilham um sorriso e um comentario positivo do tipo “dia bonito hoje...”. Júlia já esta tão americanizada que ela não passa mais por ninguem sem cumprimentar, coisa que é muito dificil para as nossas crianças.
Gostaria que minha vovózinha soubesse que sempre que levo Júlia para escola penso muito nela e nas coisas que ela sempre me contava sobre sua infancia no bairro da madalena (Recife) e penso nela também porque quando passo pelas arvores carregadas de maças, peras, pessegos, tomates e pelas roseiras, fico louca pra pegar... As vezes eu até deixo Júlia pegar e me faço de doida.